As moçoilas, e até as nem tanto moças, a alinhar seus cabelos alourados e compridos com as pontas dos dedos para, depois, jogá-los nos ombros. Isso quando se sentem observadas. Que querem transmitir com o gesto? Certamente que têm cabelos lisos e são privilegiadamente mais caucasianas. Disfarçam ao máximo o efeito chapinha.
Ainda como o procon faz a revolução do dinheiro tem algo bem moderno: o cidadão que fala alto ao celular. Prefere ambientes cheios. Restaurantes, filas de banco, recepções, convescotes, churrascos filantrópicos etc. Com o aparelho no ouvido, jactam-se do que jamais puderam ser ou fazer. “Minha mansão na praia está à sua disposição”. “Jarbas, meu motorista, vai apanhá-lo no aeroporto”. Dá uma baita bronca pública no empregado, por conta da samambaia que deixou de ser regada no sítio. Execram o restaurante que estão pisando, maltratam os garçons e capricham no sotaque paulistano para e enaltecer cheffs renomados, como gente de sua intimidade.